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"Ser de Candomblé não se limita ao fato de ter uma religião, é, sobretudo, um modo de vida".
Pai Lucas de Odé

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Regras, costumes e posturas no Candomblé

O Axé Dambá Odé tem um rigoroso conjunto de normas e boas práticas dentro e fora da casa de Candomblé. Muitos dos costumes têm princípio religioso, outros são convenções que tornaram-se tradições. Contudo, todas as regras contribuem para a boa convivência, postura respeitável e integridade dos membros da Egbé (comunidade). 

São questões pontuais do cotidiano dos terreiros, estabelecidas pelos mais antigos cujo cumprimento podem causar ótima ou péssima impressão sobre a casa e seus filhos. A humildade é esperada de todos os integrantes da comunidade religiosa, principalmente dos mais novos para com os mais velhos, enquanto a sabedoria e responsabilidade são deveres dos mais velhos para com os mais novos.

Nesse contexto podemos citar como exemplo o fato de que pessoas de candomblé não pegam facas, tesouras e outros objetos cortantes das mãos de outra pessoa, ainda que essa esteja o entregando. Os objetos devem sempre ser colocados no chão ou sobre algum lugar. Assim, quando um larga, outro pega.
Objeto de divergências em diferentes casas, os trajes religiosos também geram longos debates. No Dambá Odé a rigidez com o vestuário transcende à comunidade do terreiro. Visitantes também são orientados sobre como vestirem-se para visitar a casa, depois de autorizados previamente. Não são permitidos roupas escuras e decotadas. Visitantes da religião também têm restrições de acesso com relação à vestimenta. Não é permitido o uso de panos de cabeça para homens e de batas para mulheres, exceto para pessoas em obrigação e ekedjis, respectivamente.

O Babalorixá da casa, pai Lucas de Odé, explica. "O ojá (pano de cabeça) é um adereço de uso exclusivamente feminino, reservado a ekedjis  e egbomis mulheres. Aos homens, quando egbomis, é reservado o uso de bùbú, uma espécie de chapéu africano. No caso da bata, essa é uma peça que indica autoridade, logo, é de bom tom que não se visite ninguém de bata, sob pena de má interpretação, de uma autoridade imposta, ainda que de forma velada", esclarece.  

Vale lembrar ainda que cordialidade e gentileza são imprescindíveis para o bom relacionamento em todas as instâncias.

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