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"Ser de Candomblé não se limita ao fato de ter uma religião, é, sobretudo, um modo de vida".
Pai Lucas de Odé

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Ainda sobre o caso do suposto "pai de santo"...

O presidente da Federação de Cultos Afro-brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul e umbandista, Irb`s Barbosa de Souza foi extremamente infeliz em suas declarações ao site de notícias Midiamax. Irb`s deu uma declaração ao veículo de comunicação no dia 30 de junho dizendo que “tem gente que espera há mais de 15 anos[para ser pai de santo]. Para ser pai-de-santo precisa ter raiz, outro pai-de-santo tem que indicar”.

Na qualidade de diretores do Conselho de Candomblé da mesma federação informamos que as declarações do presidente não foram submetidas à apreciação deste conselho e que os preceitos informados estão equivocados. Para consagrar-se sacerdote da religião é necessário, antes de tudo, ter a designação dos Orixás. Trata-se de um dom, uma missão espiritual.

A trajetória para tornar-se zelador de Candomblé começa com a iniciação do(a) devoto(a). Ao longo de sete anos, com os devidos preceitos respeitados, a obrigação de sete anos, chamada "Odún Igê", é o divisor de águas da vida religiosa. Caso haja a designação, o religioso recebe os direitos para o sacerdócio, por meio do chamado "Ibaxé". A partir de então o novo sacerdote está apto a realizar procedimentos espirituais em benefício de outrem.

Vale destacar que nem todas as obrigações de sete anos são dadas com o emprego do "Ibaxé". Caso o devoto não tenha vocação para o sacerdócio, ele será considerado apenas "egbomi", o que equivale a maioridade no Candomblé, já que nem todos os iniciados nasceram para tornarem-se sacerdotes.

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